Letra e música Mario Vivas
Salve, manhã que lumia a partilha das conchas e o meu caminhar,
Na soleira do meu caminhão, é a estrada que passa como um vendaval,
E nos dias distantes de casa o meu coração me dirá sem sofrer:
‘Vai t’imbora que a Dora e os filhos olham por você.’
Rio de mar pantaneiro, amigos, seresta e o Norte a esperar...
Apesar de tão hospitaleiro luar, amanhã quero ouvir o sertão.
Forasteiro, não toco berrante, eu toco adiante onde Deus me quiser,
Vou m’imbora de tanto que a Dora... ‘não beba, José!’
Olho p’ro tempo passando e, às vezes, maldando a minha emoção.
Entregando à saudade a vitória, será que a saudade quer mesmo vencer?
No espelho das águas do Velho Francisco eu vejo os meninos crescer,
É que Deus foi menino também como eu e você.
Eu sou José, sou Jair, sou tantos que hão de vir,
Eu sou mais um coração brasileiro.
Vencendo o barro e a serra, trazendo gente sem terra,
Nós somos o coração brasileiro.
Deixo no mar do sertão meu braço, meu violão,
Nem nessa gente o afeto se encerra.
Volto pelo mesmo chão em que o meu suor pôs a mão,
Querendo Deus, voltarei brasileiro.
"Este baião é uma das minhas mais apuradas composições...
E a que tem a versão com o arranjo mais bonito...
Cheio de nordeste, contudo de um urbano refinamento
pois pontuado com um delicado e pungente piano de concerto...
Viajei com ele por vários festivais Brasil adentro..."
sábado, 16 de agosto de 2008
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