sábado, 16 de agosto de 2008

Tem morcego no samba

Mario Vivas & Chico Reis

Tem morcego no samba? Tô fora!
Guarda aquela gelada, pedida faz tempo, p’ra depois da aurora!

Aviso p’ro meu violão, ‘te segura na roda mas sem baixaria’,
Enquanto um cavaco moleque, na sua inocência inicia
A mais recente e inspirada melodia composta
Por quem não se emenda e vai tomando bola nas costas

Convoca na Em cima da hora p'ra vaga na zaga central
Um samba dolente e p’ra frente do velho Amaral,
Troçando o amigo da onça, gorando o seu vil capital,
Famoso pelas ironias no verso final.
Troçando o amigo da onça, gorando o seu vil capital,
Famoso pelas ironias no verso final.


"Certa vez (hein, Candu !!!), eu e o Chico
fomos até a casa de uma veterana baluarte do samba...
Tinhamos feito uns sambas em homenagem à escola e queríamos apresentá-los...
Combináramos antes com a dona do cafôfo,
dada a indelicadeza de chegar na casa dos 'amigos' sem avisar...
Pois bem, eu segui com meu violão em punho...
Chegamos...
Fomos observados meio de rabo de olho,
e não fomos chamados a nos sentar,
e não fomos convidados para bebericar a cerveja disponível,
e não fomos autorizados a tocar,
E o cachorro dela ainda me mordeu !!!
Uns outros baluartes nos fitavam sem entender muita coisa...
Até uma colega minha da faculdade, hoje renomada intérprete e compositora,
estava lá, ensaiando, dando canja, sei lá...
Que bom esse negócio de amizade !!!
Que tem amigos, afinal, segue sempre adiante..."

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